11 dezembro 2006

barba


A pensante barba dizia cá para mim: -se ao menos deixasses esse maldito cigarro que concorre comigo na ajuda às tuas ideias, seria para mim um alívio. Pois largar o pensativo cigarro era uma excelente maneira de poupar dinheiro e por valorização fazer-me-ia bem à saúde. Vou perguntar ao portátil através da net como seria eu sem fumar. Fumar não será um escape, um prazer.
Olhava para as tábuas do sótão e não encontrava mais espaços de criação. Os livros nas estantes adormecidos descansavam embalados pelo assobiar do vendo. A luz tilintava de fraqueza, quase se acabava.
Levantei-me e em cinco passos entrei na casa de banho e bebi a fria água com as próprias mãos. Sentei-me e, desviando o olhar da Internet, li algumas notícias dos jornais. Porém, a noite não estava para muitas inspirações. E assim adormeci.

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