25 outubro 2011

Tempo perdido

Por mais que queira datar o que escrevo

Não encontro o tempo:

Nem hora, nem dia e nem mês.

Por mais que queira organizar o caos

Há sempre um vento que sopra.

Talvez deveria fechar a janela ou a porta;

Comprar um relógio, marcar o tempo, agendar a sorte e o azar, encaixotar.

Descer para baixo

Subir para cima

Voltar ao ventre.

 
ZJ

24 outubro 2011

divida: um trocadalho do carilho.

Na CRISE, os grandes malucos dos bancários portugueses compraram divida grega e agora vão perdoar metade da mesma em tempo de austeridade para o povo português, mas que trocadalho do carilho.

03 outubro 2011

viver acima das possibilidades

Querem meter na cabeça que eu tenho andado a viver acima das minhas possibilidades: tenho passado férias nas Caraíbas no verão, no inverno tenho visitado as capitais da Europa, nos fins-de semana tenho passado férias na casa de campo no Algarve, os cruzeiros já nem tenho a conta de quantos fez; que não devia de ter três carros top-de-gama na garagem e um novo Audi na oficina e optar por um carro simples e barato; era também desnecessário a piscina em casa bastava um duche de chuveiro, o meu guarda-fatos de roupas de marcas teria de passar a gangas; deveria de jantar em casa em vez de ir para restaurantes finos da alta sociedade, de noite não deverias de frequentar festas e galas; acham que deveria despedir o motorista e as empregadas lá de casa e outras coisas mais. Em suma, a minha boa vida de mordomias, vícios, despesismos e de não fazer nada , pois acordava tarde e muitas noites nem dormia pois era tanta a preocupação de gastar o dinheiro, tinha chegado ao fim e que agora tinha de fazer sacrifícios para recuperar o país.
E agora? Eu que sempre vivi despreocupado, com montes e montes de dinheiro, chegava a gastar nos Casinos cinco mil euros numa só noite, teria de pagar a luz e outros bens essenciais mais caros , entregar metade do subsídio de férias , consumir na integra o IVA , contar todas as moedinhas para cobrir todas as despesas do mês e o pior de todo tinha de acordar cedo para trabalhar o dia inteiro.
Era inacreditável o meu modo de vida, vivia de facto acima das minhas possibilidades, ainda bem que temos uma classe politico-jornaleca que fez-me ver o caminho certo como cidadão português exemplar, que deve trabalhar de sol a sol e pagar os seu impostos humildemente.

Na foto o mesmo feijão passado 5 dias.